sábado, 25 de agosto de 2012

Início.

É comum, acredito, que a primeira postagem de um blog seja uma justificativa. Para dar início a algo, precisamos de motivos, explicações, pretextos. Constantemente também, se fala de intenções : Pra que ? Onde se quer chegar ?  - que são uma espécie de justificativa projetada para o futuro. Mas nas intenções também pode se incluir todo tipo de satisfação : com que frequência postarei, porque essa frequência e não outra, que tipo de coisa postarei, entre outras mil.

Pensei em belíssimas construções e frases poéticas que serviriam para suprir todas essas demandas iniciáticas de um blog, pensei em contar uma história bonita e inspiradora e em enfeitar meus motivos com estilo literário, figuras de linguagem e todo tipo de recurso vocabular para agradar um possível público, para mostrar como posso escrever bem e talvez quem sabe fazer parecer que meus motivos são mais profundos e líricos do que muitos outros. Mas não são. Considerando o momento da minha vida, é hora de dispensar enfeites. Não quero mais ter que me enfeitar, ou minhas razões, pra agradar ninguém.Quero ser verdadeira, quero ser para além dos estilos, das frases prontas e bem construídas. E pensando nisso, tudo que me vem a cabeça, a coisa mais sincera que eu poderia dizer, pra justificar estar escrevendo aqui e agora é : porque eu quero. E acho que essa é a motivação mais sincera que eu poderia ter, logo, estou satisfeita com as minhas explicações.

Sobre intenções e frequência : eu não sei. A vida dirá. Eu não tenho grandes planos, mas eu gosto de escrever e é o que quero fazer agora. E quero que o que eu escrevo se registre e seja visível, pro mundo. Talvez porque eu também esteja me preparando pra ser visível pro mundo, mas isso é suposição. Talvez porque eu precise me expor de forma a aprender a não ter vergonha de mim mesma, mas isso também é suposição. De qualquer forma, acho que já me estendi demais para quem não queria dar explicações elaboradas.

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